Existe uma definição de SIG?

O que é o que é?

Uma pesquisa rápida pela web em busca de uma definição de Sistemas da Informações Geográfica (SIG) pode deixar qualquer um meio tonto. Nada bate com nada e muitos misturam SIG com técnicas e métodos de sensoriamento remoto e processamento digital de imagens, criando termos vagos como geoprocessamento.

Mas a realidade é que mesmo os gurus, como Paul A. Longley, Michael F. Goodchild e seus colegas, no famoso livro-texto Geographic Information Systems and Science pegam leve na definição: preferem dizer que é uma questão de ponto de vista. Confira:

Na visão do público em geral:

“Um repositório de mapas em meio digital.”

Na visão de tomadores de decisão, grupos sociais, planejadores:

“Uma ferramenta computadorizada para resolver problemas geográficos.”

Na visão de administradores, pesquisadores em gestão operacional:

“Um sistema de apoio à decisão espacial.”

Na visão de gestores de serviços públicos, técnicos de transportes, gestores de recursos:

“Um inventário mecanizado da distribuição geográfica de feições e infraestrutura.”

Na visão de cientistas, pesquisadores:

“Uma ferramenta para mostrar o que, de outra forma, é invisível na informação geográfica.”

Na visão de gestores de recursos, planejadores:

“Uma ferramenta para realizar operações sobre dados geográficos muito trabalhosas, caras ou sujeitas a erros se feitas manualmente.”

Ainda nas palavras dos autores:

“Cada um de nós tem uma definição favorita de SIG, e há muitas para escolher”.

Superado o problema da definição, os autores apresentam o que um SIG de fato deve conter, ou seja, sua anatomia. Segundo eles, um SIG possui seis componentes, sendo um deles fundamental: a rede mundial de computadores (world wide web). Além da rede:

  1. Hardware;
  2. Software;
  3. Métodos;
  4. Pessoas;
  5. Dados;
Anatomia de um SIG, adaptado de Longley et al.

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